O preço para usar tal tecnologia ainda é um tanto alto para boa parte das pessoas, mas a popularização é real e hoje em dia os acessórios de realidade virtual não são mais necessários para que possamos ver os hologramas. Saiba como as videochamadas serão influenciadas por esta tecnologia agora mesmo.
Holograma 3D da PROTO
Caso estivesse em 2010, você acreditaria que os hologramas são uma realidade em diversas áreas do mercado de trabalho? Uma das ideias mais avançadas é da startup PROTO, que anteriormente se chamava PORTL. A ideia pode soar “tecnológica demais” para algumas pessoas, mas funciona de forma bastante simples: é necessário que uma pessoa fique em frente a um fundo branco e fale para uma câmera e microfones, da mesma forma que faria se estivesse em uma ocasião presencial. Sobre as medidas, a “caixa” mede 2,1 metros e possui uma tela de 24 polegadas com resolução 4K. Câmeras e e microfones também estão inclusos para que o anfitrião possa ouvir e interagir com a audiência. Com o visual que lembra um detector de metal, as pessoas que estão do “outro lado” conseguirão ouvir e assistir tudo o que for dito pelo anfitrião, sem perda de qualidade no vídeo ou som. Os 3.000 lumens são utilizados para projetar uma imagem que simula a presença física de uma pessoa, mas o uso também pode ser feito para exibir animações, NFTs e conteúdos gravados. A venda é feita por US$ 100.000 (aproximadamente R$ 502 mil em conversão direta), mas caso prefira realizar o aluguel para eventos especiais, será necessário desembolsar US$ 25.000 (aproximadamente R$ 76 mil em conversão direta e sem impostos). O setup com as câmeras pode ser um dos problemas para as empresas que forem utilizar o evento, então a PROTO permite que as lentes e microfones de um iPhone sejam utilizados como setup da transmissão ao vivo. Um aplicativo gratuito está disponível para todos os clientes será necessário apenas que o apresentador fique em frente a um fundo branco para que sua imagem e voz sejam transmitidas para as pessoas. A “caixa de transmissão de hologramas” já foi utilizada em diversos eventos e um dos mais importantes foi a New York Fashion Week deste ano, quando a marca Tombogo utilizou o item para apresentar suas novas peças. Veja como a experiência aconteceu: A PROTO conseguiu arrecadar US$ 15 milhões em uma rodada de investimentos e espera vender pelo menos 500 unidades em 2022.
Proto M
Este outro dispositivo da PROTO tem câmera com serviço de inteligência artificial e tela com suporte a touchscreen, além de alto-falantes Mesh integrados e gabinete reforçado com cobertura de tecido. Os usuários podem utilizar os 16 GB de memória RAM e 1TB de armazenamento interno em videochamadas, se exercitar, telemedicina, assistir conteúdos e até mesmo exibição de NFTs. Há dois tipos de preço:
Para empresas: a partir de US$ 5 mil (R$ 25 mil);Para uso caseiro: a partir de US$ 2 mil (R$ 10 mil).
A startup de hologramas já realiza reservas por US$ 100 (que será reembolsado quando o produto for lançado) e a expectativa é que os envios comecem em breve. O maior foco é permitir que a experiência da EPIC agora seja aproveitada em lugares menores e há a previsão de que conteúdos exclusivos de influenciadores possam ser assistidos apenas por quem comprar a Proto M. O tamanho e resolução da tela não foram informados pela empresa, mas a expectativa é que 5.000 unidades sejam vendidas apenas este ano. A expectativa de especialistas é que o mercado de hologramas atinja um faturamento de US$ 5,4 bilhões em 2024.
Matsuko procura investidores
A Matsuko, que foi criada por Maria Vircikova, é outra empresa que deseja mudar o futuro das videochamadas. Apesar da PROTO transmitir imagens em uma caixa de 2 metros de altura, o trabalho da Matsuko está mais dentro de nossa realidade. Por meio de um aplicativo disponível para iPhones, o vídeo e áudio será transmitido para uma sala virtual que pode ser acessada por meio de óculos de realidade virtual. O uso lembra os exemplos de metaverso, mas ao invés de visualizarmos os avatares, a imagem real do anfitrião será exibida para todos os participantes. A empresa foi uma das finalistas da categoria Extended Reality & Immersive Technology deste ano no SXSW Pitch e agora está procurando investidores para que sua ideia seja popularizada. Entenda a ideia que lembra uma videochamada no Zoom: Maria está trabalhando ao lado de Matus Kirchmayer, ex-programador de Assassin’s Creed que também trabalhou na equipe de comportamentos de IA da franquia. Os dois se uniram em 2017 e desde então, atuam para fazer a ideia dar certo.
Tela de hologramas da IKIN
Se você é fã de filmes e séries da Marvel, com toda certeza ficará animado (a) com esta ideia. A IKIN é uma empresa que trabalha em um dispositivo que consegue transmitir hologramas para uma tela que pode ser acoplada em seu smartphone ou tablet. A ideia lembra as videochamadas que são feitas pelos heróis, veja: Ainda em desenvolvimento, o grande foco é permitir que o futuro das videochamadas tenha um toque tridimensional. Além disso, a empresa espera que sua ideia possa aproveitada em telemedicina, mercado industrial e até mesmo desenvolvimento de projetos de arquitetura. O primeiro projeto foi uma tela de 32 polegadas, mas, neste momento, a IKIN quer trazer a ideia para smartphones. A ideia é permitir que a imagem que está em 2D seja transformada e vista em 3D com um simples arrastar para o espaço digital. Não será necessário nenhum acessório de realidade virtual para visualizar as imagens e o áudio também poderá ser ouvido. O uso na prática seria feito desta forma: A ideia tem tudo para ser bem aproveitada em diversos mercados, então nos resta esperar para que a empresa consiga cumprir seu propósito. Este vídeo explicado foi divulgado para atrair investidores e exemplifica a ideia, confira: Apesar dos avanços, ainda não há uma data de lançamento da novidade no mercado. Estaria disposto a investir seu dinheiro nesta ideia?
Investimentos da Cisco e Google
Apesar das videochamadas com hologramas realmente existirem, pode ser cedo para falarmos sobre a substituição do softwares de videochamadas que utilizamos hoje em dia. Isso porque além de serem de fácil uso, o Zoom e Google Meet estão mais acessíveis à população. Mas isso não significa que empresas consagradas não estão de olho no futuro das videochamadas. O Webex Meetings, que pertence à Cisco, anunciou o lançamento do Webex Hologram em outubro do ano passado. Esta é uma solução que utiliza hologramas em videochamadas e possui compatibilidade com os principais modelos de óculos de realidade virtual disponíveis no mercado, como Magic Leap e Microsoft HoloLens. Além de permitir que os participantes tenham uma conversa “mais real”, é possível enviar projetos 3D que podem ser visualizados e permitem interação, semelhante ao que aconteceria em uma reunião presencial. A empresa espera que a solução também seja utilizadas em treinamentos. A Google é outra companhia que tem investido no mercado de hologramas: o Project Starline pode ser definido como uma tela de 65 polegadas com fundo transparente que exibe imagens em resolução 8K e possui taxa de atualização de 65Hz. Não é necessário nenhum acessório de realidade virtual, já que todo o trabalho é feito por meio de uma tecnologia que faz a compactação em 3D. A ideia ainda segue em testes, mas o grande foco da empresa é permitir que mesmo de longe, as pessoas consigam expressar seus sentimentos da mesma forma que fariam se a conversa fosse feita no formato presencial. Os primeiros testes foram realizados dentro do próprio Google: desde que começou a funcionar, a tela foi utilizada por 117 participantes, em 308 videochamadas, em um período de 9 meses. O Google não divulgou uma data de lançamento da ideia que deve ser importante para o futuro das videochamadas, mas a última atualização foi divulgada em janeiro deste ano. Em quanto tempo você acredita que os hologramas serão mais utilizados nas chamadas de vídeo? Diga pra gente nos comentários!
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Confira 7 dicas para videochamadas no Google Meet Fontes: PROTO l IKIN l Wall Street Journal l Google l Fast Company l Cisco